sexta-feira, 19 de abril de 2019

O destino de Lúcifer

Hoje após o almoço, preparando-me para participar das solenidades eclesiais da Sexta-feira Santa, novamente refleti sobre o que ocorrerá com Lúcifer em virtude do projeto de salvação da humanidade realizado por Deus...

Há muito, de vez em quando venho refletindo sobre isto. E hoje especialmente ocorreu-me a projeção que, sendo assim significativa e não pouco possível de ocorrer, resolvi materializar. A começar com este artigo. Sobre o que, consonante ou não com abordagens de outros temas em espiritualidade e vida em plenitude, poderei em breve tratar também em produções áudio-visuais.

Quando nós humanos pecamos ofendendo e prejudicando algum de nossos semelhantes, incorremos numa condição de responsabilidade. Pelo que, de acordo com nossa ordem social e plenamente diante de Deus, imediatamente começamos a vivenciar os ônus de nosso ato danoso. Do que somente recobramos a integridade pessoal, de natureza espiritual, moral e social, após termos reparados todos os prejuízos por nós causados. Inclusive secundários e sequelas, quando temos a sorte de conseguir isto. Mesmo na condição de praticantes do mal pela influência do demônio em nossa alienada desconexão e distância de Deus...

Lúcifer, segundo as Sagradas Escrituras cristãs, líder das legiões de anjos rebeldes que com ele foram expulsas do convívio santo com Deus, foi portanto condenado à danação do inferno. Do que posteriormente, após a criação de Adão e Eva tomando-se por base a Teoria Criacionista, foi causador do pecado original. Segundo o que, teria induzido Eva a comer, com Adão, do fruto da árvore proibida. Que na narrativa bíblica estava no meio do Jardim do Éden e na qual se encontrava Lúcifer retratado como em forma de serpente.

A partir daí, o ser humano, criado para viver sem exposição a doenças e necessidades de trabalhar para se manter, passou a tê-las e à convivência adversa com a serpente. Em que Deus teria Se referido à mulher como quem feriria a cabeça da serpente e a esta que feriria o calcanhar daquela ( Gênesis 3, 15 ).

Com a evolução da espécie humana e de toda a natureza, desde então temos a nossa história na Terra. Com altos e baixos decorrentes das virtudes e da falta delas. Em que temos sérios registros de ações demoníacas até com possessões em que não foi possível evitar a morte. Mesmo com a concorrência de Exorcistas, em condições funcionais e temporais que, analisadas com profundidade, poderiam explicar tais ausências de sucesso na expulsão do demônio.

E até hoje temos desvios da humanidade, com a ação do diabo em todos eles presente. Diabo na Bíblia relatado como "príncipe do mundo"... Como que, com os poderes a ele facultados exercer após pecado original, como filho de um rei teria conforto relativo a fazer e desfazer no Reino. Sem ser responsabilizado como os súditos pelos danos deliberada ou involuntariamente causados.

Os cristãos têm, todos, como certa a segunda vinda de Jesus. Em virtude da qual haverá a primeira ressurreição dos mortos e vários outros acontecimentos profetizados na Bíblia. Após o que, Lúcifer ficará mil anos aprisionado no inferno sem poder sair ( Apocalipse 19, 11-21; 20, 1-6 ). Os chamados mil anos de paz em que a humanidade viverá sem a sua perturbação. E após cujo período terá facultado o seu trânsito entre a humanidade...

Ora, se temos o ser humano passível de penalidades determinadas por Deus ainda nesta vida vivenciáveis, em decorrência de suas atitudes pecaminosamente classificadas, prejudiciais aos demais seres humanos com quem convive, seria o demônio ignorado por Deus em função de sua participação nisto tudo? Decerto que não...

Se ao ser humano, praticante do pecado pela influência do demônio, temos como o destino dos condenados a não viver a paz em plenitude dos eleitos ao Paraíso de Deus, natural é que o demônio, causador disso tudo, também pague o preço por tais infortúnios. Não somente o preço que hoje já vive, de não ter esperança de paz e vida em plenitude no Reino de Deus. Como também de ver-se na contingência de reinar somente no inferno, cercado de almas desafortunadas, ignorantemente por sua ação desviadas. E sobre as quais hoje exerce uma arbitrária e relativa plena regência. Portando-se em relação a elas de acordo com o que acha oportuno. Sem o menor respeito, com integral arbitrariedade. No inferno, onde há "choro e ranger de dentes"...

Deus tem ciúme de nós, feitos à Sua imagem e semelhança e todos objeto do seus mais dedicados esforços a que nos salvemos da danação ao inferno. E mesmo assim dispôs que aqueles de nós que, durante suas vidas, não tenham produzido bons frutos de salvação a contento, de acordo com suas realidades específicas, possam ser fadados aos domínios de Lúcifer no inferno. Sem a dignidade mínima com a qual possam contar com a salvação.

Isto dado, é razoável admitir que o demônio saia deste processo todo sem pagar um preço caro por tantas condenações malignamente obtidas? Muito possivelmente, não... No que podemos projetar que, além da condenação ao inferno e sua população de miseráveis condenados com a qual hoje conta, mais deverá pagar pelos danos que não cessa de provocar. Pelas Almas que não cessa de desviar...

Refletindo sobre isto, o que projetei? Algumas possibilidades que podem ser admitidas com bastante propriedade. Uma delas, a de que, após os mil anos de paz decorrentes da segunda vinda de Jesus, ao ter facultado o seu trânsito entre os humanos remanescentes na Terra, desmoralizado de vez, nada mais conseguiria em seduções capazes de levar seres humanos à condenação... Padecendo assim de um profundo suplício, transitando entre nós como um indigente maligno e errante ao qual nenhuma pessoa daria atenção e sobre as quais, pela santidade humana então consolidada, jamais viria a ter poder de influência... Passando a ver-se, na realidade material de uma nova Terra, simplesmente sem rumo nem prumo para fazer e desfazer com incautos como hoje tem condições. Após o que, com a última ressurreição dos mortos, viria a sofrer sua derradeira derrocada.

O seu destino fatal associado a esta nova etapa seria finalmente o esmagamento de sua cabeça em definitivo, sua morte eterna para nós humanos. Mas não terminando tudo simplesmente assim... Com sua morte e o fim de sua vivência maligna à humanidade, ver-se-ia novamente enfurnado no inferno com todas as almas para lá condenadas. Com as quais hoje faz e desfaz conforme bem quer e segundo seu humor. Tratando-as como cães danados "sem dono", dominadas integralmente na sua circunscrição onde o cheiro do enxofre é notório e a ausência de dignidade e paz é absoluta. Onde manipula tudo, com deformações as mais avassaladoras e deploráveis. Onde há "choro e ranger de dentes", de cada alma fadada ao seu poder desalmado, sem amor...

Entretanto, Deus poderia há muito estar considerando fechar com chave de ouro o projeto de salvação, em que a honra e o respeito divinos por cada ser humano são evidentes a todos os que conhecem as riquezas da Revelação do Deus Amor. Fazendo com que, uma vez terminado todo o processo de salvação segundo a Sua Sabedoria, ao enfurnar em definitivo Lúcifer no inferno, poderia considerar fazê-lo retirando dele todos os poderes de maltratar as almas que com suas legiões desviou e às quais proporcionou a condenação mais aterradora possível à humanidade. Expondo-lhe a sofrer flagelos e malhações por parte das mesmas almas, por tempo indeterminado, como o cachorro sem dono mais infeliz de toda a vida universal... As almas desviadas por Lúcifer, então malignas por natureza, poderiam vir a descontar nele todas as consequências das suas maquiavélicas sutis manobras que as levaram a perder a vida eterna dos eleitos a uma morada no Paraíso de Deus...

Imagine se isto ocorre... Imagine agora o desespero de Lúcifer ao considerar estas possibilidades... Imagine também se algo muito mais complexo e penalizador a ele pode estar determinado por Deus... Que não deixa barato nada que se faça de mal com os que fez à Sua imagem e semelhança... Aos que dotou de capacidade potencial de serem felizes, perfeitos e santos tal qual Ele...

Façamos tudo o que pudermos para alcançar a salvação... Amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos... Enquanto seres humanos livres para isto, devemos abraçar estas oportunidades com toda vontade...! Muito boa vontade...




segunda-feira, 8 de abril de 2019

Valorizar as Coisas, as Pessoas e a Vida...



Acabei de assistir um vídeo que Dom Vinícius Rezende, OSB postou ontem à noite no Facebook sobre este tema. E fiz um comentário que achei tão útil que resolvi compartilhar também aqui.

Valorizar as coisas, as pessoas e o que mais reconhecemos de bom é mesmo muito importante. Mas esta valorização requer ação! Não somente amizades virtuais inertes, curtidas de páginas que "admiramos ou valorizamos", ou somente elevada consideração! "O inferno está cheio de Almas de boas intenções." Que valorizaram o Senhor e Sua obra de salvação mas não valeram muito no processo de salvação. Fizeram menos do que podiam para fazer valer sua valorização de Deus Uno e Trino a quem devemos até adorar... Em "oração e ação", em estilo e qualidade de vida.

Precisamos efetivamente apoiar o que valorizamos, prestigiar "O Melhor Possível!" "Sempre Alerta!", cada um de nós, para, como a Quarta Pessoa da Família Real Celeste, a Rainha da Paz, recomendou recentemente, não desperdiçarmos uma só oportunidade de fazermos o bem... 

Precisamos ser efetivamente úteis e valorosos em relação ao que valorizamos. Diferentes, por exemplo, da grande maioria dos aproximadamente 2000 usuários do Facebook que somente curtiram a página Curiosidades Sobre a Bíblia e a Doutrina Cristã e mais nada fizeram para adquirir, promover e efetivamente usufruir do livro. Ou da grande maioria dos católicos, quando não outros cristãos, que têm Bíblia em casa e nunca leram a bom termo sequer o Novo Testamento... Ou dos milhões de católicos que não são dizimistas e que gastam com trivialidades mas não valorizam a Deus no Ofertório... Para não falar da catequese pessoal no dia a dia da própria vida... Ou dos que são amigos ou eleitores pouco úteis no dia a dia além de solenidades de preceito ou eleições.

E por aí vai se pensarmos em tantas outras condições em que apenas "valorizamos" em tese, mas na prática a realidade é outra... Que sejamos motivo de alegria, esperança e realizações inclusive a Deus... Para a felicidade e vida em plenitude da humanidade...!

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Precisamos querer bem viver


Na Quarta-feira de Cinzas, após entendimentos online que tive com uma amiga que mora na cidade goiana de Rio Verde, fui à agência dos Correios da cidade onde moro para enviar a ela uma porção de Kefir. Sem valor comercial e portanto sem a necessidade do objeto postal conduzir, na sua parte externa, Nota Fiscal com especificações do conteúdo anexada em embalagem plástica.

Ao par do que já realizei em alguns envios anteriores a outras pessoas, na etiqueta de endereçamento incluí uma nota em cinza claro informando o conteúdo. Para todos os investidos em responsabilidades de verificação de regularidade de objetos postais trabalhados pelos Correios disporem de referências úteis a suas premissas legais e de segurança.

Ao entregar o objeto postal para aquisição de selos e envio, durante os procedimentos tive a impressão de que a pessoa que me atendeu teria decidido expressamente colocar os selos em cima da nota informativa sobre o conteúdo. Se não por uma cansada distração. O que estimei poderia prejudicar o reconhecimento importante a quem viesse a manuseá-lo na tramitação de checagem de segurança ou encaminhamento à destinatária.

Supersaturado com inúmeras frustrações funcionais brasileiras decorrentes de pouco profissionalismo, apesar de não ter gostado nem um pouco da escolha do funcionário que me atendeu quanto a deliberada ou descuidadamente colocar os selos justamente em cima da informação que atencioso providenciei, não fiz nenhuma observação ao mesmo para que pusesse os selos noutra parte da etiqueta. Nisto também considerando que ele, de nível superior de formação, pudesse estar sabendo o que estava fazendo, então assegurado que sua decisão não prejudicaria o meu objetivo de postagem. Tudo isto para evitar dissabores e por ter diversas experiências das quais muitos de nós vivemos uma sensação de que regular algumas coisas no Brasil não concertam o Brasil. Apenas, quando possível, produzindo efeitos paliativos. Em alguns casos, conforme os envolvidos, de forma agregadamente estressante, num dia a dia em que responsabilidades relativamente maiores são mais relevantes. Mesmo que os haveres de menor importância também tenham o seu valor.

Até hoje o objeto postal não foi recebido por minha destinatária. Objeto postal que não foi enviado com registro de controle de entrega e recebimento porque quando o Carteiro pudesse procurá-la em sua residência, devido a seu horário de trabalho, não a encontraria em casa. E também porque o conteúdo não era de grande valor e o envio de Kefir através dos Correios, com identificação crível de remetentes e destinatários, em nosso País tem sido realizado com relativa qualidade e sem maiores problemas.

Não sei se o objeto foi retido por problemas de fiscalização operacional ou por apropriação indébita feita por alguém envolvido na rotina de processamento de envio, entrega ou recebimento. Mas sei que não chegou onde eu queria e após eu ter providenciado um envelope de excelente qualidade compatível com a natureza do conteúdo. Internamente acondicionado numa embalagem Tetrapak.

O Brasil precisa ser profissional em suas atividades. Assim como os Países desenvolvidos, precisa ser desenvolto a bom termo para um dia quem sabe alcançar a mencionada condição... Todos nós aqui precisamos querer bem viver e fazer viver... Isto é essencial para nossa segurança institucional e socioeconômica. Para nossa cidadania e para nossa qualidade de vida.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Navegar é preciso, sim...




A Sagrada Aliança implica em que façamos, nós que queremos que o Senhor Deus seja o nosso amparo e nossa vida, a nossa parte. Para que Ele faça a d'Ele. Senão não haverá Sua contrapartida... "O inferno está cheio de homens 'de boas intenções' ", entretanto sem obras. "A fé sem caridade (sem Amor, que é Deus) de nada vale."

Você já velejou...? Já conduziu um veleiro...? Quando conduzimos um veleiro, precisamos providenciar o seu rumo e sua velocidade, manobrando velas e leme, e também a inclinação da embarcação. De acordo com seu porte e o que o comportamento do mar exige. E não de acordo com parâmetros por nós definidos. Mas conforme a realidade que precisamos reconhecer e trabalhar. De acordo com a verdade revelada a nós de acordo com nossa capacidade de enxergar, de compreender as coisas, o universo da vida em que todos estamos inseridos. Para, sem naufragar, alcançarmos o destino que desejamos...  Confiantes no Senhor, com fé e sabedoria. "Procurai as ciências e a sabedoria." "Ai de quem não procurar a sabedoria." "Ai de quem não propagar a sabedoria." "Ai do tímido."

Para estarmos amparados por Deus, precisamos também realizar, com práticas que são denominadas de religiosas, o que Ele determinou através dos judeus então conduzidos por Moisés. Do povo que Ele elegeu como Seu privilegiado catalisador à salvação da humanidade. Espiritual e socioeconomicamente. Com orações e ações. Orações individuais e em comunidade ao menos semanalmente e nos Dias de Preceito, de Festas e Guarda, por Ele prescritos quando da contratação da Sagrada Aliança que visou a humanidade toda.

Oração sem as mencionadas práticas de nada vale. Como a fé! E trabalho sem oração se reduz a simples práticas efêmeras de sobrevivência animal sem relação expressa, conscienciosa, com Deus. Precisamos ser eficazes nas práticas sagradas preconizadas por Deus e nas de sobrevivência material que com elas são abençoadamente gratificantes. Em todos os aspectos.

Bem falou o poeta que "navegar é preciso, viver não é preciso"... Porque viver por viver é como alienadamente, inconsequentes e indiferentes, sermos conduzidos sem direção conforme as forças da natureza somente... E navegar exige consciência e providências nossas, agradáveis a Deus que nos quer eternamente Seus. Mas que para isto precisa que também nós queiramos. E com discernimento e sensibilidade à vida trabalhemos...