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sábado, 24 de maio de 2014

Tua família pode me ver de cueca?!

Tua avó, tua filha, tua irmã, tua mãe, tua mulher, tua tia ou quem mais você considerar acessível pode me ver somente de cueca?!

Se a resposta for: não, por que é que podem ver o Neymar ou qualquer outro modelo contratado somente de cuecas expostos em fotos amplas em logradouros públicos?

Há dias venho notando a exposição de dois cartazes com propagandas de cuecas em frente a uma firma comercial na cidade onde moro. Dispostos na calçada, local privativo para a circulação de pedestres, e para mais nada, de forma que crianças, jovens e adultos que por ali circulam têm acesso livre e integral ao conteúdo mencionado... Algo de extremo mau gosto, ou de desesperado apelo comercial ou estúpida inconsequência social. "Somente porque o produtor encaminhou", "material de mídia"...

Ora, senhores produtores, ponham suas mulheres e suas filhas de calcinha ali também... Pelo menos, estima-se que isto seria bem mais bonito que homens grosseiramente semi-nús expostos a olhares de crianças, jovens e senhoras cotidianamente circulando naquele local. Coincidência ou não, em frente à Secretaria Paroquial da Igreja Matriz...!

Registrei as fotos para uma possível publicação. Mas acho tão feio e grosseiro que decidi não publicar.

E os Poderes Públicos? E a Promotoria Pública? O que dizem destes fatos? Tudo normal?

sábado, 28 de setembro de 2013

DA OBRIGAÇÃO MORAL DE VOTAR NO BRASIL

Uma vez que o princípio republicano da representatividade é concernente aos cidadãos das jurisdições representadas por candidatos e eleitos, temos em conta que as respectivas candidaturas têm relação direta com a cidadania. A níveis municipais, estaduais e, naturalmente, federal, nacional.

Assim, uma vez que a eleitores emanados de diferentes cidades ou unidades federativas que não aquelas em que se encontram estabelecidos somente seria sociologicamente legítima a candidatura a cargos eletivos públicos se investidos das respectivas cidadanias, aos mesmos seria moral e civicamente exigido o exercício do voto aos concernentes candidatos apenas assim. Pois, sendo no Brasil compulsório o voto, sem seu exercício comprovado não podermos usufruir direitos de ordem pública os mais diversos, votar municipal ou estadualmente sem o provimento da cidadania concernente seria apenas uma prática mecanicista. Sem compromisso ou envolvimentos pessoais profundos com a realidade sociopolítica associada. E não propriamente um exercício vinculado a uma condição na qual o eleitor estaria enraizado nas realidades jurisdicionais em que encontrar-se-ia circunstancialmente inserido. Independente de prazo de residência, se desprovido de condição de cidadania. A bem pensar, se os eleitores então considerados não tiverem atividades econômicas próprias que justificariam interesse diferenciado.

Portanto, seria interessante considerar que, a cidadãos brasileiros não residentes em suas terras natais, apenas compulsoriamente exercendo o voto por obrigação legal, caberia moralmente exercer a opção do voto apenas considerando candidatos expressamente vinculados às cidadanias cívicas ou condições socioeconômicas pelas quais poderiam ter motivação a também eles ser candidatos. Sendo as demais obrigações de voto aos demais candidatos moralmente exercitáveis apenas com o voto em branco. O que seria moral e civicamente inatacável. Afinal, os candidatos às eleições, no fundo, somente representam seus concidadãos moral e civicamente plenos à defesa dos interesses cuja enraizada representatividade é objeto de eleição. Eleição a representatividade geopolítica, antes de qualquer coisa moral e cívica. De cada pessoa com responsabilidade legal e interesse pessoal à representação institucional, econômica, política e social.

Esta, sim, é uma opção madura num país em que temos inúmeras circunscrições eleitorais municipais e estaduais cujos representantes mal ou pouco vestem a camisa da nação como um todo cuja realidade de ordem e valores a todos afeta. “O que é nacional, deixa pra Brasília...”, não é mesmo? “Não se envolve com isso, não, que dá rolo”... A unicidade nacional, a famosa brasilidade, com posturas como aqui lembradas fica somente para torcer pelos atletas e selecionados desportivos que nos representam mundialmente. Quando logram grandes vitórias... Ou para as estatísticas que nos apontam como “um País que é uma das maiores economias mundiais”...