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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A Regra do Jogo e a Mídia

Não somente os Poderes Públicos, governamentais e políticos, mas também a mídia, com toda a sua capacidade de comunicação e presença na sociedade, tem vínculo para com a regra "do jogo". No tangente aos preceitos de democracia, ética e demais valores de ordem cultural, econômica, política e social. Devendo portanto também ela reverenciar "quem sai da frente"...

Quando as lideranças midiáticas se contrapõem ao respeito ético a estas regras, coíbem toda condição de estado de direito democrático e destroem o sumo da democracia, da livre iniciativa e da livre negociação. Sufocam o discernimento atuante e a confiança numa sociedade equânime. Sustentam o abismo sociológico senão mesmo o põem em agressiva e danosa evidência. Desrespeitosamente maculando a vida, a natureza humana do bem viver...

Quando a mídia desrespeita a cidadania ao requerido exercício da promoção da ordem ou da defesa do direito, quebra a regra das relações sociais que inspiram a equidade de direitos e responsabilidades. Coletivas e individuais. Suscita insegurança institucional, cambalachos e maracutaias políticas ou sociológicas. Faz falta que justifica cartão amarelo ou vermelho, senão penalidade máxima. Em alguns casos, causando até mesmo contingenciais necessidades de cuidados por danos econômicos, morais e sociais.

Mídia, também conhecida nas sociedades livres como "O Quarto Poder", deve ser primorosa no exercício de suas faculdades. Prestigiando quem sai na frente com a condução da bola ou o domínio das jogadas associadas ao brilho que é um jogo bem jogado. À habilidade, à perspicácia, o respeito à regra. Do jogo...

A mídia deve ser fator de referência moderadora ou regulatória da gestão e qualidade institucional nos três outros poderes a sua mencionada qualificação associados: Executivo, Judiciário e Legislativo. Sob pena de, irreverente, conduzir a sociedade em que ela exerce relativa âncora de equilíbrio, uma irreverência só...

sábado, 3 de novembro de 2012

Avenida Brasil - Considerações ao Perdão...

Acabo de comentar um artigo de um amigo em que o mesmo trata do valor do perdão. No seu blog de abençoada orientação cristã e católica apostólica romana, em que toma como referência o final da novela Avenida Brasil. O que vejo importante e útil tornar público de maneira diferenciada.

O meu comentário:

O autor da novela, de forma independente ou em consenso com os demais responsáveis pela sua produção, com este final, explorou bem a tradição cultural dos brasileiros. E, vamos dizer, saíram-se bem após uma série de episódios que agrediram as consciências da grande massa de sua audiência. Exploraram a boa fé e a esperança de brasileiras e brasileiros que não têm muitas opções de entretenimento televisivo aberto ao seu dispor. Nada como uma atitude de perdão como a apresentada pela personagem Nina, num enredo em que a perdoada somente chegou a tal oportunidade porque foi frustrada em todas as suas maléficas ações covardes, egoístas, grosseiras e ignorantes. E porque, num choque de consciência causado pelo desrespeito do seu avô, acabou como que redimindo-se ao evitar a morte da que desde a infância tentou condenar ao lixão e daquele do qual aproveitou-se e traiu conforme apresentado pelo enredo da novela que a grande maioria de nós acompanhou mais por falta de opção. Ou mesmo para conferir até onde os produtores da novela acreditariam poderiam chegar perante nossas consciências. Um final que salvou a pele não somente da Carminha. Mas também da Globo.                 

Temos tomado conhecimento de comentários críticos condenatórios de diversas produções globais, ao longo especialmente das décadas recentes e feitos por diversas partes. Civis, militares e religiosas (em que temos também civis e militares). Com réplicas como: "se vocês acham que nossa programação é ruim, e têm consciência disto e formação para ocuparem-se com outras atividades, porque estavam assistindo o que produzimos?"

A resposta à réplica acima é a seguinte: muitos de nós assistimos o que a Rede Globo produz, sim. Porque, se o Brasil "é um país rico, um imenso e rico País, a sexta economia mundial", ainda assim oferece poucas opções de entretenimento televisivo a sua população, aos seus nacionais e a todos os demais integrantes de sua população residente. Os quais não se ocupam com outras opções de entretenimento porque, pura e simplesmente, socioeconomicamente elas não existem com uma estrutura midiática de qualidade tecnológica e poder de alcance tão boa como a da Globo. E porque, no final de um dia de trabalho em que a grande maioria da população acima mencionada tem enfrentado o que tem enfrentado para comer o pão de cada dia, estudar o que se ensina, morar como mora, ter a saúde que assim pode alcançar, enfim, dispor dos demais meios brasileiros de qualidade brasileira de vida, uma novelinha no fim do dia, para se distrair e relaxar a mente de forma descompromissada com o que requer o estudo e o trabalho é mais que natural e necessário. O que não é possível alcançar vivenciando enredos agressivos conflitantes em atitudes e valores. Como que produzidos de forma sarcástica à margem do que precisa e vive o povo que é a audiência certa a quem produz isto ou aquilo. "Não há outra opção melhor que nós, não é mesmo?"

Muitos dos problemas econômicos e sociais que uma população dependente da força da mídia, nos seus requisitos de qualidade cultural e política de vida, são causados (ou resolvidos, quando é o caso), pelo que a mídia produz de ruim ou de terrivelmente condenável. Não é somente da desenvoltura limitada do Poder Estatal que nós, brasileiras e brasileiros, o povo brasileiro, e todos os que com ele residem, sofremos consequências destrutivas ao alcance de uma harmonia saudável.