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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Que Admiração eu Tinha Pela Legislação Ambiental...!

De família com ascendências econômicas ruralistas, tanto materna quanto paternalmente em origens essenciais, potencial herdeiro de propriedades rurais, e cidadão “da Grande Fazenda” como não raro alguns colunistas mencionam o Brasil, desde minha adolescência considerei a possibilidade de um dia vir a tornar-me também eu um produtor rural. E por isto desde os 13 anos aproximadamente dedico-me a conhecer e estudar tudo o que posso sobre Agronegócios.

Efetivamente, adquiri livros, assinei diversas revistas técnicas, participei de eventos de formação científica e tecnológica do setor, pratiquei a agropecuária sempre que de oportuno, vivendo, enfim, a realidade do setor. À medida em que as oportunidades eram a mim propícias. Dentre o que a própria vivência em ambientes também da família.

Bem, no âmbito das iniciativas que tomei, conheci também a legislação ambiental brasileira. A qual conheci ainda nos tempos do regime de exceção de 1964. Quando conheci também a primeira Constituição da República que pude estudar. Não seria por estar sob um regime de exceção que eu não iria procurar reconhecer o que havia. E assim conheci também algumas normas de defesa ou preservação do meio ambiente. Como as que regem as distâncias que devem ser mantidas incólumes junto a nascentes e demais recursos hídricos.

Achava aquilo uma maravilha! Mais do que leis, reconhecia, e reconheço, tais parâmetros como verdadeiros manuais de segurança do patrimônio natural! E tinha grande admiração por aquele material, e por quem de sua respectiva autoria! Acreditava que o meio ambiente brasileiro estava com futuro assegurado, e que o Brasil sempre seria bonito e saudável em seus campos e propriedades rurais. Como via em filmes e vejo hoje também em apresentações dinâmicas distribuídas pela Internet - “Power Point” -, ilustrações de belas regiões de mananciais em países desenvolvidos de diversos continentes. O que vi ontem assistindo uma delas. Que águas limpas, que segurança, que ar puro, quanta harmonia! Um espetáculo da racionalidade, de bom senso humano!

Entretanto, à medida em que fui evoluindo e tomando conhecimento das oportunidades de desenvolvimento socioeconomico nacional, fui verificando que muitos de nós estávamos crescendo destruindo tais bases de sustentação dos recursos naturais. Recursos humanos destruindo as raízes de seus recursos naturais. Uma aberração, um escândalo, uma vergonha... Como pode o homem querer dispor de água, se destrói o que a mantém?

É verdade que tomei conhecimento que em alguns países desenvolvidos, ao ser desconsiderada a natureza ambiental, a natureza humana pagou caro. Mas também que por lá foi interrompido este processo destrutivo ciliar.

Como estamos hoje, bem o sabemos... O aquecimento e o resfriamento global, aparentemente antagônicos, são agora sintomas interrelacionados... Pois a água que evapora mais por causa do aquecimento não é jogada no espaço sideral. Mas redistribuída no Planeta em que vivemos como que ao sabor dos ventos. E o gelo que derrete nos polos afetando o mar conforme as marés...

A humanidade, em sua maioria declaradamente de fé, pode ainda exercer esta graça, este dom, resignando-se a uma conduta humilde, inteligente e prudente. Tanto ao que pratica na natureza biológica quanto ao que pode praticar por sua natureza espiritual. Sim, orando e laborando - “Ora et labora.”. Temos exemplos bíblicos ricos de que o Senhor da Honra e de todas as coisas já respondeu a atitudes dos homens de fé por Ele orientados, após específicos períodos de crises decorrentes de desorientação nos costumes, e conseguiram com isto bençãos extraordinárias. Hoje não é diferente a condição. Mas devemos ser práticos, todos...

Jesus orava, e orou até quando expirou seu último suspiro. Ressuscitando no terceiro dia, o Messias dos Judeus, o Varão da Casa de Davi. Se o confessamos, porque não orarmos varonilmente também nós? Orarmos e trabalharmos... Sim, sem desperdiçarmos absolutamente nada do que realiza a natureza... Lembremo-nos, e admoestemo-nos, mutuamente, de que devemos considerar tudo. Tendo como referência os epísódios de multiplicação dos pães e dos peixes. Após todos estarem saciados, recolheram as sobras, em doze cestas... Para que? Para aproveitá-las, todas.

Jesus e Seus Discípulos não jogavam no lixo o resto dos alimentos não consumidos. Ele até mesmo recomendou que não se dessem as migalhas dos pães aos cachorrinhos... Aproveitar tudo o que a natureza produz, sem pormos a perder o que pudermos defender, é exercitar a inteligência – dom que nos difere das demais criaturas da Terra...

Eu continuo tendo admiração pela legislação ambiental que rege a preservação de nascentes e mananciais brasileiros. Mas tenho menos por aqueles que pensei um dia teriam, como eu, reverência a ela... Mas respeito a ambos. Questão de consciência...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

“CALMA QUE O BRASIL É NOSSO”...?!!!!!!

Já foi nosso...!

Ao menos se olharmos para nosso patrimônio material ou o lucro de suas atividades, não é o Brasil hoje tanto nosso quanto já foi até..., por exemplo..., décadas atrás...

Somente duas ou três referências para ilustrar: praticamente 50% da Petrobrás não pertence mais a “brasileiras e brasileiros”, mas a “estrangeiras e estrangeiros”; cerca de 30% das maiores propriedades rurais do nosso imenso Brasil também já não nos pertencem; inúmeras geradoras de energia hidrelétrica encontram-se adquiridas, nos termos da Lei, por não nacionais; e o mercado de trabalho especializado e de nível superior, diferentemente do que é dado em outros países de economia de mercado, vem sendo ocupado por nascidos em outros Países, sequer procedentes do Porto... Sem contar os inúmeros casos de estabelecimentos comerciais e industriais de diversos portes, adquiridos ou estabelecidos por estrangeiros, com capital estrangeiro, e priorizando o destino do lucro e a geração de oportunidades de desenvolvimento pessoal e emprego para os seus apadrinhados...

Bem, assim, o velho chavão usado por nossas “boas e velhas lideranças” para conduzir nosso pacato País em ordem – a tal: “Calma, que o Brasil é nosso!” - não é mais uma realidade nacional a qual se possa tomar como referência à atenção de nossos compatriotas, natos ou admitidos nas mais diversas condições e justificativas...

Temos brasileiros e brasileiras orgulhosos de terem como empregadores empresários e grandes empresas estrangeiras: emprego mais estável, condição socioeconômica mais segura, ambiente de trabalho mais sério. Em que a premissa: “Tempo é dinheiro” é levada a sério de verdade... Além do que se deve considerar quanto à capacidade científica e tecnológica de trabalho e ao espírito de equipe. Consciência de interdependência e respeito, nem se discute..!

Bem, bom ou ruim? Se não perdemos a soberania, pela qual, em casos de calamidade pública, como também por lá, o Estado tem direito e poderes para dizer o que se faz com o que existe por aqui, é evidente que isto trouxe um maturamento de nossa sociedade. Sejam nossos externos investidores chineses ou americanos. E isto afetou o desempenho, o interesse e a reputação de empresários, governantes e mesmo de religiosos desta terra não raro apontada como “A Grande Fazenda”...

Preponderantemente influenciado pelos poderes socioeconômicos da nossa classe ruralista, conforme nos é evidente pela simples análise de nossa evolução, o Brasil é agora, patrimonialmente nosso, uma fazenda menor do que antes. Usinas hidrelétricas e estatais de telecomunicações e transporte construídas na época do “Regime de Exceção de 1964”, então fatores populares de ânimo e orgulho nacionais, não são mais garantia de austeridade nacional. Devido a entraves socioeconômicos que afetaram a capacidade de capitalização e desenvolvimento sustentável de parte inestimátivel de nossas lideranças econômicas em potencial. Pela precariedade de nossa cultura (e da nossa seriedade democrática, idelológica...), da nossa praticidade e nosso discernimento para com o respeito devido à livre inciativa e ao que de caras referências institucionais realmente valiosas, fizeram com que chegássemos a este contexto...

O Brasil, sob o espúrio enfoque de que tudo é de todos, não aprendeu ainda a valorar lideranças. Ao contrário, a reduzí-las a um lugar comum socializado em nome de uma condição que não existe e nunca existirá. Confundindo-se inconsequentemente eqüidade com igualdade. Pura demagogia, iinfeliz hipocrisia, ledo engano, ilusionistas em fuga do real. Em nome de um poder jamais alcançável. Em falso nome da defesa da ordem social, muitos líderes em potencial foram alijados em suas capacidades de construção e defesa de uma nação mais soberana do que somos hoje, e do que fomos no passado recente. Quando nossas esperanças de futuro brilhante eram depositadas em planos diferentes de um Plano Funaro ou de um Plano Real. Mas na vida real, caminhada com respeito pelo conhecimento, pela caras nos livros, pelas iniciativas responsáveis, com os pés no chão...

Assim, agora, caras concidadãs, caros concidadãos, de não podemos ter como antes “calma porque o Brasil é nosso”, fiquemos espertos e façamos por onde, para “irmos em frente porque atrás vem gente...”

Você votou em quem? Para fazer o quê por nós? Construir pontes, reformar estradas? Fazer uma escola profissionalizante? Um campo de futebol? Para você trabalhar como e pra quem? Bem, você pode pensar num emprego estável se conseguir uma boa vaga através de um concurso público, não é? Assim, o seu grande empregador poderá ser brasileiro... Civil ou militar... Com certeza, no Estado você terá democracia por excelência, e terá o maior respeito de nossa sociedade por isto, não é...?