quarta-feira, 15 de outubro de 2008

“CALMA QUE O BRASIL É NOSSO”...?!!!!!!

Já foi nosso...!

Ao menos se olharmos para nosso patrimônio material ou o lucro de suas atividades, não é o Brasil hoje tanto nosso quanto já foi até..., por exemplo..., décadas atrás...

Somente duas ou três referências para ilustrar: praticamente 50% da Petrobrás não pertence mais a “brasileiras e brasileiros”, mas a “estrangeiras e estrangeiros”; cerca de 30% das maiores propriedades rurais do nosso imenso Brasil também já não nos pertencem; inúmeras geradoras de energia hidrelétrica encontram-se adquiridas, nos termos da Lei, por não nacionais; e o mercado de trabalho especializado e de nível superior, diferentemente do que é dado em outros países de economia de mercado, vem sendo ocupado por nascidos em outros Países, sequer procedentes do Porto... Sem contar os inúmeros casos de estabelecimentos comerciais e industriais de diversos portes, adquiridos ou estabelecidos por estrangeiros, com capital estrangeiro, e priorizando o destino do lucro e a geração de oportunidades de desenvolvimento pessoal e emprego para os seus apadrinhados...

Bem, assim, o velho chavão usado por nossas “boas e velhas lideranças” para conduzir nosso pacato País em ordem – a tal: “Calma, que o Brasil é nosso!” - não é mais uma realidade nacional a qual se possa tomar como referência à atenção de nossos compatriotas, natos ou admitidos nas mais diversas condições e justificativas...

Temos brasileiros e brasileiras orgulhosos de terem como empregadores empresários e grandes empresas estrangeiras: emprego mais estável, condição socioeconômica mais segura, ambiente de trabalho mais sério. Em que a premissa: “Tempo é dinheiro” é levada a sério de verdade... Além do que se deve considerar quanto à capacidade científica e tecnológica de trabalho e ao espírito de equipe. Consciência de interdependência e respeito, nem se discute..!

Bem, bom ou ruim? Se não perdemos a soberania, pela qual, em casos de calamidade pública, como também por lá, o Estado tem direito e poderes para dizer o que se faz com o que existe por aqui, é evidente que isto trouxe um maturamento de nossa sociedade. Sejam nossos externos investidores chineses ou americanos. E isto afetou o desempenho, o interesse e a reputação de empresários, governantes e mesmo de religiosos desta terra não raro apontada como “A Grande Fazenda”...

Preponderantemente influenciado pelos poderes socioeconômicos da nossa classe ruralista, conforme nos é evidente pela simples análise de nossa evolução, o Brasil é agora, patrimonialmente nosso, uma fazenda menor do que antes. Usinas hidrelétricas e estatais de telecomunicações e transporte construídas na época do “Regime de Exceção de 1964”, então fatores populares de ânimo e orgulho nacionais, não são mais garantia de austeridade nacional. Devido a entraves socioeconômicos que afetaram a capacidade de capitalização e desenvolvimento sustentável de parte inestimátivel de nossas lideranças econômicas em potencial. Pela precariedade de nossa cultura (e da nossa seriedade democrática, idelológica...), da nossa praticidade e nosso discernimento para com o respeito devido à livre inciativa e ao que de caras referências institucionais realmente valiosas, fizeram com que chegássemos a este contexto...

O Brasil, sob o espúrio enfoque de que tudo é de todos, não aprendeu ainda a valorar lideranças. Ao contrário, a reduzí-las a um lugar comum socializado em nome de uma condição que não existe e nunca existirá. Confundindo-se inconsequentemente eqüidade com igualdade. Pura demagogia, iinfeliz hipocrisia, ledo engano, ilusionistas em fuga do real. Em nome de um poder jamais alcançável. Em falso nome da defesa da ordem social, muitos líderes em potencial foram alijados em suas capacidades de construção e defesa de uma nação mais soberana do que somos hoje, e do que fomos no passado recente. Quando nossas esperanças de futuro brilhante eram depositadas em planos diferentes de um Plano Funaro ou de um Plano Real. Mas na vida real, caminhada com respeito pelo conhecimento, pela caras nos livros, pelas iniciativas responsáveis, com os pés no chão...

Assim, agora, caras concidadãs, caros concidadãos, de não podemos ter como antes “calma porque o Brasil é nosso”, fiquemos espertos e façamos por onde, para “irmos em frente porque atrás vem gente...”

Você votou em quem? Para fazer o quê por nós? Construir pontes, reformar estradas? Fazer uma escola profissionalizante? Um campo de futebol? Para você trabalhar como e pra quem? Bem, você pode pensar num emprego estável se conseguir uma boa vaga através de um concurso público, não é? Assim, o seu grande empregador poderá ser brasileiro... Civil ou militar... Com certeza, no Estado você terá democracia por excelência, e terá o maior respeito de nossa sociedade por isto, não é...?

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