quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A Atenção Midiática Para com a Igreja...


Acabo, pela graça de Deus e como católico atento e cada vez mais integrado de acordo com o que a graça o têm favorecido, de ler manchete de uma grande empresa de mídia brasileira. Intitulada:" Na última audiência, Bento XVI diz que papado teve 'águas agitadas' ". E me preocupo.

Preocupo-me com a qualidade de nobreza crítica do laicado, em especial dos distantes da Igreja Católica que, sempre que dispondo de uma oportunidade de alardear problemas nela registrados, o fazem de forma veemente. Senão agressiva e sensacionalista. Como se fossem um modelo de conduta moral. Moral e cívica, econômica, política e também religiosa...

Pudera... Problemas de ordem moral dados na sociedade não consagrada à vida religiosa católica, de acordo com os índices que temos hoje, quando ainda os temos, pareceriam aos críticos da Igreja serem caso comum... Adultérios, avareza, corrupções das mais várias classificações, luxúria, sexualismo, na sua grande maioria, tudo, relacionado ao interesse pecuniário ou conforto material passageiro, praticados por leigos ou membros de religiões que não têm alicerce pastoral nos votos de castidade, celibato sacerdotal e pobreza, não seriam então fatos de Igreja... Ou de pessoas ou sociedades que professam a fé...

Os problemas acima mencionados, e todos os outros que enchem os notíciários leigos retratando assaltos, estupros, latrocínios, sevícias e outros escândalos diante de Deus e da humanidade cônscia, uma vez praticados por leigos, mesmo estes também sendo parte viva da Igreja, mesmo estes sendo pessoas de fé professada, já não mereceriam tamanhas críticas...Pelo "simples" fato de talvez termos chegado a um ponto tal que controlá-los e superá-los exigiria da sociedade civil, da Igreja leiga, dos crentes não católicos, um esforço, por assim dizer, monástico... Um esforço "de seriedade religiosa", religiosamente considerado. Na mais literal forma de prática e ordem social e política...

É preocupante o que os críticos da Igreja exercitam contra a maior entidade de caridade do mundo. Especialmente quando eles não são exemplo de conduta moral, de procura da sabedoria, de vida socioeconômica... Mas, sim, exemplo de "deixa levar, que o tempo arruma"... Quando eles mal usam o tempo, quando não separam tempo para arrumar o essencial e eles próximo...

Fato incontestável é, também, problemas de ordem na sociedade clerical. Problemas de ordem formativa, administrativa e doutrinária. A bem lembrar por decorrência também dos parcos recursos que a Igreja tem, e que da sociedade recebe a seu nobre e santo propósito, para a formação dos vocacionados selecionados no seu respectivo processo de formação. Administrativa, política e religiosa. Quando a sociedade sacrifica recursos preciosos para prestigiar iniciativas adversas ao essencial à dignidade humana e sua liberdade em plenitude, em plenitude de vida conforme desejado por Deus. Mas incontestável é, também, que a raiz destes problemas está na sociedade leiga, não consagrada, negligente para com suas premissas gerais e particulares de formação e segurança moral e socioeconômica.

A sociedade leiga não faz voto de pobreza, banca carnavais os mais diversos, com exposição inclusive de quem os prestigia a insegurança pessoal causadora até da morte. Banca torcidas organizadas de times de futebol sem controle sobre, por exemplo, confrontos em vias de efeito, rojões e sinalizadores e comemorações aviltantes para com a auto-estima e a integridade de muitos humildes desprovidos de poder econômico ou social satisfatório à defesa de suas dignidades. No movimento da maré mercantilista cuja ética então é somente o lucro, doa a quem doer. "Quem mandou não ter seriedade?" "Quem mandou fazer filho sem condição de criar?"

Pegunto: quem mandou ajoelhar sem compromisso para rezar? Não sabe que Deus é amor mas também justiça? Não sabe que Deus confunde os ímpios e os iníquos? Não sabe que democracia implica em responsabilidade social? Não sabe que fidelidade é requerida no pouco tanto quanto no muito?

"Ora, mas a Igreja propõe-se a si mesma, em especial nos seus consagrados, a ser referência de exemplo e santidade." Pergunto: não sabem os críticos que os leigos também são Igreja? Não sabem os críticos que quem "conhece Jesus" não pode levar ao pecado? Não sabem os leigos que os clérigos dependem da sua seriedade para conduzir a barca em que são dados clérigos e leigos?

Respeito e seriedade são bons e Deus gosta. E todos os que amam a Deus e O têm como referência também... Quem não reúne, dispersa... O inimigo, o condenado maldito, e todos os que agem a seu mau gosto, intrigam para fragilizar. Difamam, o que é um crime, para dominar. Com inveja da influência que somente têm os que resignados procuram viver conforme os desígnios de Deus, conforme o bem...

Sim, não somente o papado tem águas agitadas. Mas o laicado todo, hoje então...