quarta-feira, 3 de outubro de 2018

João Paulo II e Medjugorje


O seu amor dedicado nas conversas com Maria encontrou posteriormente um vivo incremento quando se explicitou a referência do terceiro segredo de Fátima ao atentado de Maio de 1981. Com este dramático acontecimento, confirmam fontes extra-processuais,João Paulo II relacionava também as aparições da Rai­nha da Paz em Medjugorje, na ex-Iugoslávia, que tive­ram início no fim de Junho desse mesmo ano. A confir­mar esta ligação teria havido depois, para quem acredita, a mensagem dirigida pessoalmente aos fiéis por Maria, a 25 de Agosto de 1994, nos dias em que estava em prepa­ração a viagem pastoral do Papa à Croácia, programada para 10 e 11 de Setembro seguintes: «Queridos filhos, hoje estou unida a vós na oração de um modo especial, rezando pelo dom do meu amado filho na vossa pátria. Rezai, filhinhos, pela saúde do meu filho mais querido que sofre, mas que eu escolhi para estes tempos.»
 
De facto, sem nunca ter tomado oficialmente posição sobre essas aparições, em particular o Papa Wojtyla não escondia a sua convicção. A D. Sebastião Ramos Krieger, arcebispo de Florianópolis (Brasil), que se dirigia pela quarta vez em peregrinação ao Santuário da Rainha da Paz, confirmou: «Medjugorje é o centro espiritual do mundo!» Em 1987, durante uma breve conversa, Karol Wojtyla confiou à vidente Mirjana Dragicevic: «Se não fosse Papa, já estaria em Medjugorje a confessar.» Uma intenção que encontra confirmação no testemunho do cardeal Frantisek Tomasek, arcebispo emérito de Praga, que lhe ouviu dizer que, se não fosse Papa, teria querido ir para Medjugorje para oferecer ajuda na assistência aos peregrinos.
         
Ainda mais eloquentes neste sentido são as palavras escritas, preto no branco, pelo bispo de San Angelo (Esta­dos Unidos), monsenhor Michael David Pfeifer, na carta pastoral à diocese de 5 de Agosto de 1988: «Durante a minha visita ad limina com os bispos do Texas,numa conversa privada com o Santo Padre, perguntei-lhe o que pensava de Medjugorje. O Papa falou disso bastante favoravelmente e disse: "Dizer que em Medjugorje não acontece nada significa negar o testemunho vivo e orante de milhares de pessoas que lá estiveram".»
 
A 26 de Março de 1984 sobressai por sua vez um epi­sódio evocado pelo arcebispo eslovaco Pavel Hnilica, um dos prelados mais íntimos do Pontífice. Tendo ido jantar com João Paulo II para lhe dar conta de uma sua missão sigilosa a Moscovo - celebrar secretamente missa dentro dos muros do Kremlin - Hnilica ouviu-o perguntar: «Pavel, depois passaste em Medjugorje?» Perante a sua resposta negativa, motivada pela intenção de não ser ma­nifestada aprovação expressa por nenhuma autoridade do Vaticano, retomou: «Vai lá incógnito e vem depois dar-me conta do que viste.» Conduziu-o em seguida à bi­blioteca particular e mostrou-lhe um livro do padre René Laurentin no qual estavam referidas algumas mensagens da Rainha da Paz, comentando: «Medjugorje é a conti­nuação de Fátima, é a realização de Fátima.»
         
Depois da morte de João Paulo II, os amigos Marek e Zofia Skwarnicki disponibilizaram as cartas que lhes tinham sido dirigidas por ele, ricas de referências precisas a Medjugorje. A 28 de Maio de 1992, o Pontífice escre­veu ao casal: «E agora voltamos todos os dias a Medju­gorje pela oração.» Recebendo-os nesse mesmo ano para os votos de boas-festas de Natal, a 8 de Dezembro, escre­veu por trás de uma pequena imagem: «Agradeço a Zofia por tudo o que se refere a Medjugorje. Também eu lá vou todos os dias em oração: uno-me a cada um dos que lá estão a rezar e que recebem o chamamento para a ora­ção. Hoje compreendemos melhor este chamamento.»

Fonte: Gabriel Paulino, do Medjugorje Brasil, via e-Mail