Neste Dia de Natal de 2012, navegando no YouTube, verifiquei disponível um filme intitulado "ROMASANTA". Sem maiores explicações no índice, sobre seu enredo.
Imaginando tratar-se de um filme com foco religioso, decidi assistir. No início apresentando um quadro de sociedade da idade média, com um episódio em que um lobo atacara um porco e, após o ingresso de uma bela jovem no cômodo rural em que o porco foi morto, encara a jovem... Momento em que estima-se que haveria um ataque à mesma, ou então um abandono do local por alguma outra razão que a presença da jovem poderia influir no lobo. Mas então aparece um homem, que ingressa no local e fita o lobo. Após o que, o lobo se retira rumo à floresta.
A cena, para quem estava concentrado na ideia de um filme religioso, em que poderíamos ter um enredo relacionado ao desenvolvimento do cristianismo em Roma, fez-me pensar nos episódios conhecidos nas narrativas de "São Francisco e o Lobo".
O filme prossegue, na sequência apresentando quadros com corpos de pessoas mortas na floresta, lobos capturados e mortos, e também uma outra em que o homem que havia entrado no recinto inicialmente mencionado, casado com uma irmã da jovem, providencia mudar-se para Santander. Acompanhado da esposa e de uma cunhada adolescente. Seguindo-se a um quadro no qual a jovem inicialmente mencionada, que inspirava pureza no relacionado a um filme de caráter religioso e também pela doçura apresentada, aproxima-se da carruagem, com um cavalo selado e na intenção de mudar-se junto com a família de sua irmã. Em que se mencionara Santander como uma cidade mais segura. Mas é repudiada pela irmã, sob argumentos de que ela teria interesse real apenas de traí-la com o cunhado.
Neste momento, passa pela minha mente uma projeção de que a jovem estupidamente repudiada poderia vir a ser agraciada com bençãos futuras relacionadas às adversidades dos perigos vivenciados na aldeia em que moravam. A viagem programada se dá, e uma série de eventos ocorrem, de forma a surpreender a audiência pelas atitudes pouco prudentes dos viajantes. Particularmente reforçadas com uma atitude do homem na captura de um pássaro feita por sua adolescente cunhada, decerto com suas instruções. Seguida de procedimentos não claros a que o pássaro pudesse ser visto "voando como uma borboleta". Após o que, o mesmo acaba morrendo ao se chocar com um rochedo.
A esposa tendo sido estimulada a banhar-se antes do anoitecer, sozinha numa piscina natural, acaba ouvindo ruídos estranhos e encontra uma criança morta: sua irmã. Vindo a ser atacada naquele momento, pelo que a audiência poderia estimar seria um lobo... Depois de outros episódios, temos a jovem que ficou na aldeia reencontrando seu cunhado viúvo que retornara. Vindo a ser cortejada por ele num momento em que insegura interrompe o flerte.
Posteriormente, o filme apresenta um quadro que surpreende a audiência com uma novidade contraditória ao que se poderia relacionar a um enredo com uma fascinante história de santidade confirmada: a jovem é apresentada tomando banho, então sendo surpreendida pela presença do cunhado. O qual acaba envolvendo-a com carícias sutis que culminam num quadro de erotismo rodeado de expressões que confundem a audiência desavisada. Com expressões de frágil e inexperiente inocência, sedução expressa e volúpia. Deste instante em diante, passando o filme a ter um enredo reforçado por cenas apresentando reações químicas e de evolução biológica, outro personagem evidenciadamente relacionado aos ataques de lobo, como que sendo um lobisomen. E mais, apesar de não mais mostrar cenas eróticas de sedução...
Um filme que não é recomendado para quem tenha interesse numa produção cujo título facilmente seria relacionado a uma história de religiosidade. Com um título que dá no que pensar, quanto ao sentido real de sua produção. A audiências desavisadas, inexperientes, em formação, em busca de qualidade de vida, efetivamente, uma produção contraindicada. Romasanta é revelado como o sobrenome do cunhado da jovem, sem nenhuma relação com Roma, a Cidade Santa...