quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Referências Úteis ao Hábito da Leitura


Ler é um hábito que a necessidade de sabermos nos defender e agilizar providências ao que a vida nos impõe. Num mundo onde cada vez mais as pessoas são criadas com valores embasados no que as Ciências Comportamentais justificam a bom termo. De início, admirável condição, em segundo passo é uma difícil prática. Porque exige de nós conhecimento e sutileza, sagacidade e determinação, força de vontade e um trabalho em nós mesmos sem o qual jamais seremos nada mais que, no máximo, gente bem sucedida porque teve a sorte de confiar em quem estudou como nós gostaríamos de ter estudado para termos segurança própria em relação a tudo o que nos interessa...

E não é fácil, concordamos muitos de nós que lemos, passar de uma condição em que brincadeiras sem óculos, posturas imperfeitas, conversas por conversar, música por apreciar, filmes por assistir, festas para dançar, pessoas perfumadas e asseadas para conviver, comida gostosa para fazer e saborear, e muito mais que fazemos sem ter que ler, e que são valores de qualidade de vida e prazer, em especial dados antes de nos virmos na fase de vida em que trabalhar ou desempenhar funções de caráter social cooperativo essenciais a nossas realizações pessoais, para um processo disciplinado de ocupação do tempo que é um verdadeiro trabalho pessoal. Nossas atitudes passam a ser, não necessariamente como casados, verdadeiramente aquelas segundo as quais passamos a pertencer "ao rol dos homens sérios"! Ou das mulheres, conforme o caso! E não é moleza. Num mundo ingrato, em que o respeito ao ter um boi tem sido não raro maior que ter uma capacidade de trabalho, o respeito ao ter uma economia é ainda não raro maior que ter um patrimônio de saber, de saber analisar, trabalhar e escolher o que quer que seja, você decidir se dedicar a ler, tendo antes de atingir seus objetivos de leitura, que aprender a ler o que você quiser ler.

Como somos sensivelmente dóceis, frágeis criaturas capazes de perceber o mais leve calor do Sol e a mais discreta brisa, o mais sutil canto de passarinhos, o afago maternal ou o carinho de alguém que nos ama, devemos também ser fortes para nos mantermos firmes no que somos e queremos permanecer essencialmente. Se quisermos decidir com certa independência do que nos cerca, devemos ler, estudar e compreender com afinco e clareza, sobre tudo o que nos importa.

Eu, assim como muitas pessoas, tivemos que nos submeter a uma forma individualmente dedicada de condicionamento e capacitação a podermos ler o que quer que quiséssemos, e compreender tudo o que lêssemos. Conseguimos, e minha experiência agora disponibilizo a você, para que você também com a leitura sobre a Fé, tenha mais vida não só materialmente segura.

Canções, pescarias, futebol, basquete, vôlei, piscina, praia, pescaria, academia, ginásio, espetáculos, lanchonetes, churrascos, restaurantes, excursões e outras riquezas de lado, necessariamente colocadas agora em segundo plano, ciente do que isto tudo significava até então para que eu soubesse o que é viver, vi-me numa condição em que ou assumia ou sumia! Preferi assumir o ônus, para poder cada vez mais viver bem e jamais ver-me como um dependente do que quem teria estudado se dispusesse a assegurar aos meus passos.

Como eu era uma pessoa afortunadamente enriquecida pelas artes e pelo amor recebido de partes de minha família e da sociedade não ateias, aprazíveis pessoas de consistente e paciente fé em Deus Pai, vi que teria de me adaptar aos poucos, gradativamente. Já tendo lido diversas obras no Colégio, revistas, livros da biblioteca de minha casa, que meu pai - justiça seja feita aos seus bons méritos (...) - procurava manter em nossa casa, várias vezes tinha tentado enveredar por alguma literatura clássica não integrante do ensino regular, e também entender os sentidos de letras de várias de nossas indispensáveis músicas populares brasileiras. E via um universo de referências históricas e sociológicas, científicas e acessórias, cujas procedências desconhecia. E assim me via perdido no tempo e no espaço, do que minha mente tencionava perscrutar, do que minha leitura se dedicava a buscar... Vi-me em perfeita ignorância ao que os cultos da minha dimensão compreendiam... Que lástima! Só tinha uma solução: dar um jeito de entender aquilo tudo o máximo possível. Eu gostava de viver! Para resumir a novela, vou passar a você os passos que percorri para familiarizar-me com personagens de textos, fatos históricos, conceitos políticos e sociais, filosofias e ritos, feios e bonitos!

1) Tente se dedicar a ler livros de bolso com um conteúdo leve, com o qual você se identifique em experiências ou ideais. Por exemplo, aqueles livrinhos sobre faroeste muito comuns nas bancas de jornais dos anos 60 e 70.

2) Enverede pelas palavras cruzadas, mandando a lenha, começando pelas fáceis e somente terminando quando estiver cobra nas mais difíceis. Não se preocupe em er que saber tudo. As respostas que você não souber, procure nas soluções. De tanto achar, vai acabar memorizando. No final das contas, certamente estará quase uma "Enciclopédia"!

3) Adquira um bom dicionário e o use que nem sabonete ao tomar banho, se você realmente se ensaboa direito ao se banhar. Se tiver dúvidas, aprenda isto primeiro, e também a se enxaguar! Ao consultar uma palavra no dicionário, você vai ler uma dezena de outras cujos significados não conhecerá ao certo. Não pare nelas, consulte o significado de cada uma, e somente retorne a ler o que lhe levou ao dicionário após mentalizar plenamente todo o significado do que você precisa entender. Tenha certeza: vai ser exaustivo, mas bom para que o seu dicionário, ou o da biblioteca que você usar, se não for pobre e orgulhoso, e vaidoso, no final das contas, não possa como que ser chamado de "pai dos burros" ou "das burras", mas "pai dos espertos" ou "das espertas"!

4) Após um bom período de leituras de textos que lhe dão mais prazer ou mais facilidade, mais familiares com seus sonhos de felicidade saudável e com o seu cotidiano social ou individual, pense se já não terá chegado a hora de progredir para um nível de literatura mais complexo, como dramas ou romances de grandes autores de reputação internacional ou nacional, eruditos, alguns dos quais você tentou ler antes e parou porque encontrou muitas palavras, fatos, expressões ou referências que achou interessantes mas não conseguia entender e tampouco estimar.

5) Depois de se dar por satisfeito(a) com a leitura de diversas boas obras relacionadas ao item anterior, pense então em se dedicar a literatura científica ou educativa e matérias jornalísticas de colunistas ou articulistas considerados por você como de boa formação e de abordagens sérias. Sempre usando o dicionário, que é um companheiro eterno de todos os bons leitores e escritores respeitados, e escritoras respeitadas e boas leitoras!

Se você fizer isto, após alguns anos de esforço, poderá sentir uma certa segurança como detentor(a) de algum nível de conhecimento sobre áreas de seu interesse. Não se esquecendo, lembrando bem, de que, antes de todo este processo de esforço respeitoso de sua parte, você deverá se certificar de que tem ao menos um razoável domínio das regras gramaticais básicas, de comunicação e expressão, concordância verbal, etc...

Olhe, em relação a outros processos, garanto que, com este método, você sairá mais preservado(a) nos seus valores essenciais e menos traumatizado(a) de um processo de esforço determinado a ser uma pessoa que então saberá que continuará segura, se uma outra, amiga e sábia letrada, com a qual você gostaria de contar sempre, estiver distante ou ausente. Vá em frente, que atrás tem gente!

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