Tenho ouvido alusões de alguns oradores de certa forma distraídos, quanto ao sentido da curiosidade. Projetando o seu significado ao mais efêmero e desprovido de compromisso com o conhecimento. O que é muito perigoso, especialmente se apresentado a público pouco dado ao estudo.
Curiosidade é o pertinente ao curioso. Do que temos a curiosidade científica e a curiosidade, vamos dizer, passageira. Ou de breve atenção. A primeira, imbuída do espírito mais comprometido com a busca do discernimento progressivo a respeito de determinado assunto. A segunda, do interesse pelo assunto porém com quem lhe exerce muitas vezes sem as condições de estrutura pessoal e tempo de que gostaria dispor para aprofundar-se a bem. Mas nem por isto desprovida de essência de valor ao tema em foco.
Se temos curiosidade sobre alguma coisa, algum conhecimento, algum tema, decerto é porque tal nos desperta a atenção para que lhe reconheçamos a melhor termo. Se dispomos de condições ideais ou limitadas para suprirmos nossa expectativa, nossa necessidade que latente palpita em nossa consciência a respeito, isto define a intensidade de nossa abordagem. E portanto a classificação do nível da nossa curiosidade. O que não diminui ou invalida a essência de valor do que consideramos.
A vida não raro impõe a nós limites a conhecermos tudo o que gostaríamos, da forma aprofundada como desejamos. Do que, num espírito compreensivo a respeito disto, confiantes e providos de esperança ao que é digno às pessoas de bem, cônscios de nossas limitações ao universo de conhecimento que reconhecemos importante, vez por outra dedicamos passageira atenção a conhecermos, um pouquinho apenas, o que gostaríamos de conhecer muito. Porque isto é muito importante para nós. Conhecer, se não o podemos a melhor termo, ao menos um pouco. Apenas um pouco para ficarmos ao menos um pouco mais familiarizados, inteirados na medida do possível, com aquilo que temos em alta conta. Com o que temos como jamais desprezível e assim essencial à realidade em que estamos inseridos. Esta é a curiosidade brevemente aplicada. Que reflete nossa seriedade ao menos para "respirarmos um pouco mais" o entendimento daquilo que poderíamos saber plenamente... Antes isto que uma acomodada indiferença, não é?! Coisas de gente que se esforça, trabalha o que pode, e confia...!
Já a quem tem oportunidade de aprofundar-se em temas do seu interesse, a possibilidade do exercício da curiosidade por excelência é o que se reflete pela formação de uma mais sedimentada bagagem de conhecimento e sabedoria, aprofundada. É o que torna alguns de nós especialistas, doutos mestres no assunto. O que alguns dicionários classificam como "cuidadoso ou zeloso ao desejo de aprender", ou quem tem "grande vontade de saber ou de ver".
Há ainda a forma popular de uso do termo curioso, usual às pessoas indiscretas, especulativas à vida alheia ou sem compromisso com a verdade das coisas. Formas pobres de atitude que refletem desconhecimento de valores essenciais e pobreza de espírito. Pela efemeridade da abordagem classificável aos seus autores. Mas que também demonstra para nós a importância do que acontece ao alcance de alguns de nós! O que nos toca de alguma forma, que nos desperta ao interesse, por qualquer motivação que possamos ter! Naturalmente, pelos valores da educação e do social, aprovável ou reprimível! Mas sempre refletindo que aquilo que nos desperta a atenção tem peso em nossa consciência, em nossa sensibilidade.
Quando intitulei o livro Curiosidades Sobre a Bíblia e a Doutrina Cristã desta maneira, utilizei a modéstia quando poderia intitulá-lo, por exemplo, A Sabedoria da Bíblia ou O Legado Divino em Instruções e Sabedoria. Ou ainda O Sumo do Legado Divino ou Direto às Instruções da Bíblia. Mas optei por um título mais dinâmico. Que pudesse traduzir toda a minha abordagem. Que tem essencialmente a essência das instruções e da sabedoria legadas por Deus. Mas também um pouquinho de curiosidades de menor importância formativa. Mas de peculiares valores ao discernimento na fé e no amor pela vida. E pelo reconhecimento da história. Facilitando ao saber... Cientificamente zeloso por isto... Sensível às diversas limitações de cada um de nós e às concernentes necessidades de conhecimento pertinente...
Referências Bibliográficas:
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