Não raro somos vistos de frente para formulários de redes sociais ou instituições com propósitos sociológicos, requeridos a definir nossas posições político-ideológicas. Frequentemente, com opções objetivas sobre se somos capitalistas, comunistas, socialistas, respectivamente de direita ou de esquerda. E ainda com opções de Centro...: centro, centro-direita, centro-esquerda!
Ora, qualquer que seja a opção ideológica que alguém pode por bem assumir, sempre haverá uma conotação clara sobre sua tendência fundamental: de direita (tradicionalmente conhecida como "capitalista") ou de esquerda (associada ao comunismo ou a outras formas de socialismo).
Há entretanto muitos de nós que, ao apresentarmos nossas definições, o fazemos adotando uma definição mista: de centro-direita ou centro-esquerda! Como traduzindo uma certa flexibilidade ideológica na prática, com sentido de assumida defesa de parâmetros congruentes às duas correntes!
Tais expressões de comum afinidade têm relação com valores capitais e valores sociais. Que ambas as correntes, de direita e de esquerda, não têm como deixar de considerar na contingência da ordem natural em que a humanidade se insere! O que reflete que ambas as correntes não têm, de maneira nenhuma, condições de elaboração de planos de ação governativa sem considerar toda forma de capital e o fator social! Em que o recurso humano, na plenitude de sua natureza psicossomática e sociológica é o mais determinante para toda solução socioeconômica de produção de resultados a nós imperativos!
O ser humano, com sua natureza biológica, psicológica e sociológica em grupo dada, não pode prescindir do capital material, há tempos representado pelo dinheiro como meio prático de pagamentos e trocas patrimoniais não feitas em gêneros naturais. Tampouco o que há de capital financeiro ou natural tem serventia sem o trabalho humano de qualidade ao melhor termo.
Logo, esta história de se dizer de centro-direita ou centro-esquerda nada mais é que se dizer de direita ou de esquerda com sensível consideração para a realidade inquestionável dos fatores essenciais a toda condição de governança e a toda necessidade de produção. De bens e serviços.
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