Há tempos venho refletindo sobre
nossa realidade visível, considerando a possibilidade de sérias
referências que temos a respeito das dimensões do Inferno serem
efetivas, e não somente proveitosas para considerações modulares.
Hoje, assistindo um documentário
sobre diversas abordagens relacionadas, acabei dispondo-me a
registrar minha tese a respeito. Que acabo de publicar no meu blog
dedicado a espiritualidade. Que ora é objeto de projeto
bibliográfico tradicional e até dezembro era publicamente acessível
no sistema Canção Nova, através do serviço Gente de Fé. Que está
suspenso desde então.
Como gostei muito do resultado hoje
realizado, e reconhecendo a sua importância para o discernimento e a
sensibilidade humana com respeito a Deus e à vida, mesmo tendo o
acesso ao conteúdo do meu blog sobre espiritualidade atualmente
restringido devido ao projeto bibliográfico e outras considerações
de valor contextual, resolvi partilhar minha abordagem de hoje também
aqui no Blogger. O que espero possa ser proveitoso a todos os
interessados no assunto. Conforme a seguir transcrito.
A humanidade, ao longo do tempo em
que o conhecimento da revelação divina lhe proporcionou
discernimento acerca da existência do Reino dos Céus e do Inferno,
vem experienciando diversos conceitos sobre onde é a morada do
diabo. A morada do anjo rebelde, Lúcifer, também chamado Príncipe
do Mundo, o mais poderoso no império do mal.
Temos, nas mais atentas análises,
consideráveis estimativas sobre como é, seria ou onde ficaria o
Inferno. Sérias, prudentes, feitas por cada um de nós, de acordo
com a inspiração de recebemos e o conhecimento de que dispomos.
Cada uma delas com um valor especial para nossa conduta e a
definição, para as pessoas com fé, de estilos de vida que conduzem
ao Paraíso Eterno de Deus. Onde temos a vida em plenitude e sem a
influência do anjo condenado.
Temos inúmeros relatos de visões
do Inferno e do que sofrem aqueles que lá têm seu destino de
pecadores contra a vida. Dos pecadores derrotados no bom combate,
seduzidos pelo demônio com as ilusões dos poderes e prazeres
temporários da vida no Universo visível em que temos permanentes
riscos de acidentes. E que está em constante processo de equilíbrio,
onde tudo se transforma. No Paraíso de Deus, onde os humanos somente
têm acesso em estado de perfeita santidade, sem uma condição de
pecadores com consciências que denunciam vidas fatalmente
destrutivas contra o bem, os sem o respeito essencial pelo que é
santo e saudável não podem viver. Uma vez chegada a hora da
passagem de cada um de nós, a hora da morte para esta vida natural
em que surgimos, o destino definitivo dos que creem em Deus e sua
revelação apresenta-se somente com duas opções: a felicidade da
vida em plenitude e a infelicidade dos condenados ao inferno. Que
nesta vida transformaram as vidas de muitos em um verdadeiro inferno
sociológico terrestre. Onde “haverá choro e ranger de dentes”.
E de onde temos relatos de graves condições em que se encontram
alguns dos nossos que para lá foram condenados. Parte deles a nós
mencionados em rituais de exorcismo católico, parte apresentados em
episódios místicos vivenciados por privilegiadas pessoas que a
Igreja tem como Santos e Santas de Deus. Que participam dignamente
das conhecidas honras dos Altares, merecedores de nossa mais grata
veneração.
As primeiras instâncias em que nos
encontramos refletindo sobre onde seria o Inferno levam-nos a
imaginar que o Inferno poderia ser um local materializado no centro
da Terra. Onde temos vulcões e conhecimento científico a respeito
de uma imensa massa incandescente no núcleo do planeta.
Entretanto, temos nos relatos
cristãos um episódio com referências dimensionais que podem fazer
com que pensemos também no Inferno localizado fora da Terra. No
Sol...
São João Bosco, o santo de
Turim que já teve multiplicadas castanhas de que dispunha em
um chapéu,
como único alimento numa certa noite disponível a ele e a todos os
jovens que por ele assistidos encontravam-se reunidos num galpão,
até que todos ficassem saciados, viveu uma experiência que desperta
muita atenção. Uma viagem virtual ao Céu, ao Inferno e ao
Purgatório. Isto é relatado no livreto “Sonhos de São João Bosco – Céu Inferno e Purgatório”.
Neste livro, de preço acessível e
que você pode adquirir através dos links disponibilizados neste
artigo, Dom Bosco nos relata ter sido por um Anjo conduzido ao
Inferno, onde entrou, teve visões de pessoas que com ele conviviam e
de onde saiu, acordando com uma evidência de sua experiência objeto
das mais respeitosas considerações inclusive científicas. Em que
nos relata que o Inferno tem várias divisões, como cômodos
distintos cujo relato nos leva a crer que os condenados são
destinados a sofrimentos distintos respectivamente correspondentes à
gravidade de suas vidas. Separados entre si por paredes de uma
largura extraordinariamente grande, superior à distância que há,
por exemplo, entre capitais de diversos estados brasileiros. Ou entre
capitais de diversos países que conhecemos.
Cientificamente, não podemos deixar
de considerar que tais medidas poderiam ter um sentido modular. Em
que a Deus tudo é possível dimensionar em modelos proporcionais.
Mas também devemos considerar que, na dimensão do Universo em que
nos encontramos, a honra e a sabedoria divinas poderiam já hoje
estar produzindo efeitos práticos de sofrimento para com o demônio,
de forma maior e mais eficaz que muitos de nós poderiam imaginar.
Pela narrativa de Dom Bosco, a
extensão projetada em linha reta para as divisões mencionadas do
Inferno somente caberia hoje em um local de dimensões superiores às
da Terra. No Sol, por exemplo, onde há fogo e enxofre intensos. E
que as projeções científicas definem somente será extinto após
alguns bilhões de anos à frente do Terceiro Milênio. No Sol, de
onde provém a energia que provoca a vida sistêmica da natureza na
Terra, e onde justamente Deus poderia ter definido o local para o
Inferno... De forma tal que com isto, também com isto, imporia
especialmente ao demônio, mas também a todos os condenados ao
inferno, uma humilhação pela qual todos eles tomariam consciência
de que o astro-rei seria o local onde, mesmo antes do Último Dia, do
Juízo Final, eles estariam fadados a estar. No Sol, de onde provém
toda a energia que sustenta a vida natural no planeta dos homens onde
o demônio causa tantos desvios e tantas infelicidades que levam à
condenação plena. De forma que o sofrimento de todos os condenados
estaria agravado também pela consciência de que o local para onde
foram condenados estar definitivamente seria o mesmo de onde provém
a energia que sustenta a vida a todos os que têm chance de se
reconciliar ao Paraíso... Uma extraordinária justiça divina
perante todos os que não amaram viver e fazer viver. Para todos os
que não amaram a liberdade dos próximos como as de si mesmos...
Dentre todos os locais do Universo
que bem definidamente a humanidade conhece, o Sol é o que, em
números absolutos, o único em que podemos afirmar poderia estar o
Inferno nas dimensões absolutas reveladas pelo Anjo que conduziu Dom
Bosco em sua viagem virtual da qual ele retornou tendo uma lembrança
material visível por todos, que durou vários dias. Sem que houvesse
causa cientificamente explicável para a origem da mesma, que não
fosse uma evidência imposta por Deus aos homens, de que o que Dom
Bosco vivenciou virtualmente foi real...
Deus é bom, perfeito, santo. Deus é
Amor. Todo amor verdadeiro é Deus entre nós. Mas Ele não é bobo,
tampouco o que muitos chamariam “bonzinho”. Ele é justo. E
severo para os malvados. De forma tal que os sem dignidade para
participar das ceias em Sua Mesa, insensatos egoístas sem amor
seduzidos pelo demônio, são fadados ao fogo da infelicidade eterna.
Temido pelo demônio, que jamais O ignora, facilmente tem sido
desprezado por muitos dos mortais viventes dentre nós. Numa
estupidez decorrentes da falta de amor e respeito pela vida...
Portanto, Deus em Sua Infinita
Misericórdia para com os a Ele amorosos e reconciliados, também é, em Sua Infinita Justiça, capaz,
reconhecidamente, de impor ao demônio e seus estúpidos seguidores
ter o Sol, de onde vem a energia que dá vida material ao sistema da
natureza terrestre e de onde temos toda a luz que ilumina a Lua, as
Estrelas e os demais planetas que vemos à noite, a infelicidade de
no mesmo Sol terem o local onde estariam isolados e sofrendo a
condição de todo condenado à Pena Máxima do Reino dos Céus...
Mais uma demonstração do amor e respeito de Deus pela mais
primorosa das Suas Criaturas: a humanidade, feita para Seus planos de
Paraíso Universal, à Sua Santa imagem e semelhança... "Ai de
quem desviar um destes pequeninos."
“1. Jesus disse também a seus
discípulos: É impossível que não haja escândalos, mas ai daquele
por quem eles vêm! 2. Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do
pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que
levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós
mesmos. 3. Se teu irmão pecar, repreende-o; se se arrepender,
perdoa-lhe. 4. Se pecar sete vezes no dia contra ti e sete vezes no
dia vier procurar-te, dizendo: Estou arrependido, perdoar-lhe-ás. 5.
Os apóstolos disseram ao Senhor: Aumenta-nos a fé!” (Lc 17, 1-5)
Graça, paz e bem.