O
seu amor dedicado nas conversas com Maria encontrou posteriormente um
vivo incremento quando se explicitou a referência do terceiro segredo de
Fátima ao atentado de Maio de 1981. Com este dramático acontecimento,
confirmam fontes extra-processuais,João Paulo II relacionava também as
aparições da Rainha da Paz em Medjugorje, na ex-Iugoslávia, que
tiveram início no fim de Junho desse mesmo ano. A confirmar esta
ligação teria havido depois, para quem acredita, a mensagem dirigida
pessoalmente aos fiéis por Maria, a 25 de Agosto de 1994, nos dias em
que estava em preparação a viagem pastoral do Papa à Croácia,
programada para 10 e 11 de Setembro seguintes: «Queridos
filhos, hoje estou unida a vós na oração de um modo especial, rezando
pelo dom do meu amado filho na vossa pátria. Rezai, filhinhos, pela
saúde do meu filho mais querido que sofre, mas que eu escolhi para estes tempos.»
De facto, sem nunca ter tomado oficialmente posição sobre essas
aparições, em particular o Papa Wojtyla não escondia a sua convicção. A
D. Sebastião Ramos Krieger, arcebispo de Florianópolis (Brasil), que se
dirigia pela quarta vez em peregrinação ao Santuário da Rainha da Paz,
confirmou: «Medjugorje é o centro espiritual do mundo!» Em 1987, durante
uma breve conversa, Karol Wojtyla confiou à vidente Mirjana Dragicevic:
«Se não fosse Papa, já estaria em Medjugorje a confessar.»
Uma intenção que encontra confirmação no testemunho do cardeal
Frantisek Tomasek, arcebispo emérito de Praga, que lhe ouviu dizer que,
se não fosse Papa, teria querido ir para Medjugorje para oferecer ajuda
na assistência aos peregrinos.
Ainda mais eloquentes neste sentido são as palavras escritas,
preto no branco, pelo bispo de San Angelo (Estados Unidos), monsenhor
Michael David Pfeifer, na carta pastoral à diocese de 5 de Agosto de
1988: «Durante a minha visita ad limina com os bispos
do Texas,numa conversa privada com o Santo Padre, perguntei-lhe o
que pensava de Medjugorje. O Papa falou disso bastante favoravelmente e
disse: "Dizer que em Medjugorje não acontece nada significa negar o
testemunho vivo e orante de milhares de pessoas que lá estiveram".»
A 26 de Março de 1984 sobressai por sua vez um episódio evocado pelo
arcebispo eslovaco Pavel Hnilica, um dos prelados mais íntimos do
Pontífice. Tendo ido jantar com João Paulo II para lhe dar conta de uma
sua missão sigilosa a Moscovo - celebrar secretamente missa dentro dos
muros do Kremlin - Hnilica ouviu-o perguntar: «Pavel, depois passaste em Medjugorje?»
Perante a sua resposta negativa, motivada pela intenção de não ser
manifestada aprovação expressa por nenhuma autoridade do Vaticano,
retomou: «Vai lá incógnito e vem depois dar-me conta do que viste.»
Conduziu-o em seguida à biblioteca particular e mostrou-lhe um livro
do padre René Laurentin no qual estavam referidas algumas mensagens da
Rainha da Paz, comentando: «Medjugorje é a continuação de Fátima, é a
realização de Fátima.»
Depois da morte de João Paulo II, os amigos Marek e Zofia
Skwarnicki disponibilizaram as cartas que lhes tinham sido dirigidas por
ele, ricas de referências precisas a Medjugorje. A 28 de Maio de 1992, o
Pontífice escreveu ao casal: «E agora voltamos todos os dias a Medjugorje pela oração.» Recebendo-os nesse mesmo ano para os votos de boas-festas de Natal, a 8 de Dezembro, escreveu por trás de uma pequena imagem: «Agradeço
a Zofia por tudo o que se refere a Medjugorje. Também eu lá vou todos
os dias em oração: uno-me a cada um dos que lá estão a rezar e que
recebem o chamamento para a oração. Hoje compreendemos melhor este
chamamento.»
Fonte: Gabriel Paulino, do Medjugorje Brasil, via e-Mail