Li há alguns dias a seguinte postagem feita por uma amiga numa rede social:
"O martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o
homem oferece a Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu
Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens." (São Tomás de Aquino)
Ao seu teor resumido, que parece apenas expressar o que se dá no momento da consagração eucarística, podemos nos aprofundar mais para entender toda a dimensão dos fatos.
Quando Jesus compartilhou Seu Corpo e Seu Sangue na Santa Ceia, Ele ainda não estava martirizado... Hoje temos uma realidade em que Ele vive tendo superado o martírio... Ressuscitado e diversas vezes revelado...
Considerando que Ele fortemente vive, embora sofrendo conforme revelado ao nos apresentar Seu Sagrado Coração, poderíamos entender ainda que o Sacrifício Eucarístico é realizado aos moldes de uma sublime doação de Seu Sagrado Corpo e Seu Sagrado Sangue. Em favor daqueles que dignificadamente Os recebem. A bem de nossa cura e nosso fortalecimento, de nossa vitalidade. Enquanto somos temporalmente suscetíveis aos males do corpo e da Alma e ao ataque do maligno. De forma relativamente comparada ao que doadores de sangue fazem em prol de pacientes carentes acidentados ou em situação de risco em cirurgias ou equivalentes...
Assim como os doadores de sangue ficam debilitados ao se disporem a doar, a generosa e misericordiosa multiplicação que Jesus faz transubstanciando Seu Sagrado Corpo e Seu Sagrado Sangue na consagração eucarística poderia ser vista como relativamente debilitadora de Jesus. Em isto sendo eventualmente confirmado, à Sua condição de ressuscitado hoje vivo em plenitude. Assim, poderíamos compreender plenamente o que ocorre no sacramento da consagração como efetivamente um relativo martírio. Contemporaneamente. Agora, como doação fraternal de Jesus pelo amor por todos os reverentemente irmanados com Ele. E segundo os Seus desígnios e os poderes conferidos a Pedro, sucessores e a suas ordens.
Entretanto, dificilmente isto sendo equiparado ao efetivo e sofrido derramamento do Seu sangue no martírio de Sua Paixão... Ele agora vive, como nunca. Cada vez mais e melhor! Do que poderíamos dizer que o Seu Corpo e Seu Sangue agora partilhados são, bem diferentemente de partes corporais caídas ou dilaceradas, ou sangue derramado aqui ou ali como resultado da estupidez humana, verdadeiras riquezas fraternais a bem proveitosas. Providenciadas por Ele. Aos que Ele instruiu a também considerar como pai o Seu... Nas condições qualificativas e no discernimento da santa fé...
O sacrifício de agora seria, então, não mais um grave martírio. Mas uma amorosa solidária doação... Que cura, liberta, satisfaz e vivifica plenamente... Amor Seu, por nós. Por toda a humanidade... Que Lhe agrada praticar. Que gratifica quando correspondido. E multiplicado em orações e realizações práticas.