Segundo a verdade alicerçada na fé ao que temos como a nós revelado por Deus, após termos concluída nossa vida material na Terra, nos deparamos com a grande hora da verdade. A hora do "vamos ver como é que fica", a hora da justiça final individualmente aplicada.
A vida na Terra tem uma importância extraordinária para cada um de nós. Com ela podemos assegurar ou perder definitivamente todas as nossas chances de viver a grandiosidade da paz eterna em plenitude. A vida sem augruras, na glória de Deus aos Seus eleitos. Pelo que dizer que esta vida não vale nada é uma lamentável contradição. Todas as nossas ações e omissões aqui nos conduzirão ou ao Paraíso ou ao Inferno. Do que vivenciamos reflexos mesmo antes de nossas mortes: acidentes, curas, doenças, êxitos, fracassos, infelicidades, percalços, prosperidades, reconhecimentos, reprovações e tantos outros resultados.
Logo após a morte, temos uma abertura completa da nossa consciência diante de Deus. Do que estamos fadados à condenação ao Inferno ou à paz dos qualificados para o Paraíso. Segundo a fé cristã, em especial no reconhecido pela Igreja Católica Apostólica Romana, alguns com necessidade de purgação quanto a culpas mal resolvidas, mágoas, maturações, rancores, ressentimentos e outros problemas com os quais não podemos participar da vida no Paraíso.
Sobre o Paraíso, importa reconhecer que, como o próprio nome o sugere além do revelado segundo os desígnios divinos, é uma condição de dimensão, lugar e população onde nenhum de seus habitantes consegue enxergar ou viver um só dano, um só problema por menor que possa ser considerado. É onde temos a felicidade em plenitude, perfeita e santa! Impossível sofrer qualquer coisa de ruim por lá. Impossível sentir qualquer sentimento que perturbe a felicidade ou a paz. Absolutamente assim. Um local onde Deus jamais lamenta a condição de sequer um só de seus habitantes. Paz absoluta, felicidade plena, inclusive para Deus.
Sobre o Inferno, a situação é o inverso. É uma condição de dimensão, lugar e população na qual todos os seus habitantes, em todo lugar e momento, enxergam "choro e ranger de dentes", desprezos e destratos, ignorância prostrada, lamentações as mais diversas, ocasionais perseguições malignas aos condenados e outros fatos naquela infelicidade perpétua possíveis. Lúcifer por lá não tem nenhum prazer pela companhia dos a seu poder sujeitos. Todos são almas desprezíveis que fizeram por onde estar lá. Almas que dificultaram e prejudicaram em muito as expectativas de salvação e a qualidade da vida humana na Terra. Além das legiões de anjos maus que junto com Satanás foram expulsos do Paraíso sob o comando do Arcanjo Rafael, o Príncipe da Milícia Celeste. Portanto, o Inferno é um local onde nem o seu maior mandante tem prazer sequer com um dos seus habitantes. Para onde quer que ele olhe, há sempre a alma de uma criatura humana que teve a capacidade de não considerar abençoadamente as inúmeras chances de reconciliação com o Senhor. Almas que não fizeram questão de qualquer esforço abençoado pela paz, pela qualidade de vida digna do ser humano. Vaidosas, não providenciaram o que lhes foi possível à salvação disto tudo. É um desprazer geral, do primeiro ao último. Sendo que o primeiro, quando lhe convém, agrava as condições dos a ele sujeitos ao seu livre gosto. Do que todo sofrimento resultante somente cessa de acordo com o que ali é relativamente possível. Ali, sim, temos a verdadeira "crise"...
Deus é bom, perfeito, santo. Infinitamente misericordioso. Mas é justo. Sua misericórdia se dá até o último suspiro dos mortais humanos. E Seu jugo é onisciente e onipotente. Seu Espírito Santo persegue até o maior dos pecadores, com gemidos inefáveis, para que ele expresse profundo arrependimento e desejo de reconciliação diante dos erros que cometeu, dos males que praticou. Com gemidos inefáveis porque os maiores pecadores têm uma condição tão rude que isto lhes limita a ser sensíveis a palavras... Mas não a gemidos como os gemidos de uma criança ou de uma criatura indefesa exposta ao sofrimento... Com os gemidos inefáveis, portanto, Deus tem o último recurso em comunicação audível com o que pode tentar despertar nos maiores pecadores o que neles há de potencial amor, humildade e vida a bem.
Bem, nisto tudo temos uma verdade "nua e crua". O fato de uma alma
ter sido condenada ao Inferno ou ter sido aprovada para a felicidade do
Paraíso é uma satisfação incontestável. Para Deus e para todos os Seus.
Mesmo isto implicando em toda a desgraça acima mencionada para os
condenados ao Inferno. Porque isto é justo. Porque Deus idealizou para
os Seus eleitos a vida da paz em plenitude somente para aqueles que não
justificaram o inverso do Inferno. Do contrário não seria condigna a
condição dos eleitos. Deus não Se compraz por uma só alma perdida para o Inferno. Mas tampouco por uma só dentre as indignas presente no Seu Paraíso Celeste...
Portanto, sejamos nós ou tenham sido alguns ou vários dos nossos amigos, familiais ou próximos conhecidos, condenados ao Inferno ou premiados ao Reino dos Céus, isto é uma incontestável satisfação. Porque é harmonia para com a justiça divina... Não há uma só alma no Paraíso chorosa por causa da condenação ao Inferno de uma ou duas ou três ou mil dentre tantas que conheceu. No Paraíso, não há espaço sequer para se lamentar por elas.
Graça, bem, sabedoria, paz e vida em plenitude. Porque isto leva ao Paraíso. Mesmo que você acredite estar entre os maiores pecadores...
"Convertei-vos e crede no Evangelho." (Jesus de Nazaré, Jesus de Deus)