Transcrevo aqui mais um artigo que publiquei no meu blog dedicado a espiritualidade, objeto de projeto bibliográfico tradicional que estou concluindo e que deverá ter ao menos mais um artigo sobre tema de especial valor à compreensão dos ensinamentos divinos. Pelo seu valor vivencial objeto desta partilha. Conforme abaixo.
Esternalizar ou viver excesso de escrúpulos em humildade ou modéstia pode ser um
grave mal.
A
Santíssima Esposa de Deus, Imaculada Mãe de Jesus Cristo, em Suas
aparições a agraciadas e agraciados videntes que tiveram e vêm
tendo tais oportunidades, referiu-se a nós não como simples
“coisas” Suas. Mas como filhas, filhos, filhinhos… Expressando
com isto o que realmente todos os batizados em Cristo o são para Ela
e para Seu Celestial Esposo. Portanto tratando a cada um de nós como
efetivamente em condição de irmãos de Jesus.
Ora, o
fato de admitirmos sermos filhas ou filhos de Deus e Maria
Santíssima, no Espírito Santo enviado por Jesus Homem e Redentor,
não é um absurdo ou uma arrogância. Tampouco motivo de vaidade.
Mas uma realidade que implica em cônscio exercício compatível de
vida. Condignamente a isto. De forma forçosa a que, assim
reconhecendo nossas condições, tenhamos um estilo de conduta e vida
compatível com as mesmas. E consequentes responsabilidades exercidas
o melhor possível. E isto é muito bom para o processo de
santificação do mundo, e de salvação da humanidade.
Temos, no
âmbito da Igreja, vez por outra algumas participações que sugerem
que devamos nos expressar como “coisas” de Maria. Como se nos
referirmos como Seus filhos fosse desrespeitoso, inadequado ou
irreverente. De forma excessivamente escrupulosa e assim divergente
do que Ela mesma nos diz que somos e que devemos significar para Ela
e para todos os com quem convivemos: Seus filhos e Suas filhas.
Sermos batizados em Cristo, no Espírito por Ele enviado dos Céus, e
assim sermos filhas ou filhos de Maria não é somente sermos, aos
olhos ignorantes irmãs ou irmãos do “filho do carpinteiro”. Mas
sermos e termos filiação divina, no Espírito que fortalece e que
age onde quer. Não em termos, mas verdadeiramente. Assumir isto é
essencial. Refutar isto é mal, é fingir que não temos a condição
que temos, fugir da verdade. É induzirmo-nos a nós mesmos a uma
atitude de falsa modéstia e acomodativa ao que Deus tem efetiva
expectativa sobre o que devemos e podemos viver e fazer viver. Se não
mesmo uma disfarçada covardia para olharmos para nós mesmos como
Deus e Maria nos olham: com expectativas de que tenhamos nossas vidas
condizentes com nossa filiação plena, para vidas em plenitude.
Nossas e de todos os por nós alcançáveis com nosso testemunho. De
vida…
“Coisas”
são objetos que podem ser jogados fora ou substituídos. Um animal
de estimação não é uma coisa! Quanto mais um ser humano no
Espírito Santo irmanado a Jesus, Filho de Deus e Maria de Nazaré
conforme anunciado por Isaías. “Por isso, o próprio Senhor vos
dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o
chamará Deus Conosco.” (Is 7,14) Tratemo-nos devidamente,
assumindo nossas condições, para que possamos ser ramos verdes que
não devem ser cortados da Videira da Vida Eterna… À imagem e
semelhança de Deus, Jesus, amados irmãos e irmãs no Redentor do
Mundo…
Sim,
admitirmos e vivermos esta realidade de filiação claramente, assim
como temos nossas filiações naturais na carne e mesmo sendo bons ou
maus filhos, gratificantes, gratos ou ingratos, doentes ou saudáveis,
impuros ou puros, justos ou injustos, e assim sempre seremos filhos
dos nossos pais carnais, sempre seremos filhos de Deus e Maria,
irmanados a Jesus no Espírito Santo Consolador. Pecadores ou
santificadores, convertedores ou desviadores, absolvidos ou
condenados numa condição ou noutra, mortais e ou eternos,
mortíferos ou vivificadores. E assumir isto, para navegar bem no
Alto Mar da vida em que a missão é salvação é preciso… Não
tenhamos medo…!
Sendo
filhas e filhos assumidos de Maria, temos também a grata condição
de defendermos Seus interesses, Sua dignidade, Sua paz e Sua vida!
Como temos obrigações pares para com nossas mães carnais! E isto é
preciso! Honrar pai e mãe, e Pai e Mãe…! Não neguemos nenhum
deles. Isto é um dom de Deus. Graça, paz e bem.