Acabo,
pela graça de Deus e como católico atento e cada vez mais integrado
de acordo com o que a graça o têm favorecido, de ler manchete de
uma grande empresa de mídia brasileira. Intitulada:"
Na
última audiência, Bento XVI diz que papado teve 'águas agitadas'
".
E me preocupo.
Preocupo-me
com a qualidade de nobreza crítica do laicado, em especial dos
distantes da Igreja Católica que, sempre que dispondo de uma
oportunidade de alardear problemas nela registrados, o fazem de forma
veemente. Senão agressiva e sensacionalista. Como se fossem um
modelo de conduta moral. Moral e cívica, econômica, política e
também religiosa...
Pudera...
Problemas de ordem moral dados na sociedade não consagrada à vida
religiosa católica, de acordo com os índices que temos hoje, quando
ainda os temos, pareceriam aos críticos da Igreja serem caso
comum... Adultérios, avareza, corrupções das mais várias
classificações, luxúria, sexualismo, na sua grande maioria, tudo,
relacionado ao interesse pecuniário ou conforto material passageiro,
praticados por leigos ou membros de religiões que não têm alicerce
pastoral nos votos de castidade, celibato sacerdotal e pobreza, não
seriam então fatos de Igreja... Ou de pessoas ou sociedades que
professam a fé...
Os
problemas acima mencionados, e todos os outros que enchem os
notíciários leigos retratando assaltos, estupros, latrocínios,
sevícias e outros escândalos diante de Deus e da humanidade
cônscia, uma vez praticados por leigos, mesmo estes também sendo
parte viva da Igreja, mesmo estes sendo pessoas de fé professada, já
não mereceriam tamanhas críticas...Pelo "simples" fato de
talvez termos chegado a um ponto tal que controlá-los e superá-los
exigiria da sociedade civil, da Igreja leiga, dos crentes não
católicos, um esforço, por assim dizer, monástico... Um esforço
"de seriedade religiosa", religiosamente considerado. Na
mais literal forma de prática e ordem social e política...
É
preocupante o que os críticos da Igreja exercitam contra a maior
entidade de caridade do mundo. Especialmente quando eles não são
exemplo de conduta moral, de procura da sabedoria, de vida
socioeconômica... Mas, sim, exemplo de "deixa levar, que o
tempo arruma"... Quando eles mal usam o tempo, quando não
separam tempo para arrumar o essencial e eles próximo...
Fato
incontestável é, também, problemas de ordem na sociedade clerical.
Problemas de ordem formativa, administrativa e doutrinária. A bem
lembrar por decorrência também dos parcos recursos que a Igreja
tem, e que da sociedade recebe a seu nobre e santo propósito, para a
formação dos vocacionados selecionados no seu respectivo processo
de formação. Administrativa, política e religiosa. Quando a
sociedade sacrifica recursos preciosos para prestigiar iniciativas
adversas ao essencial à dignidade humana e sua liberdade em
plenitude, em plenitude de vida conforme desejado por Deus. Mas
incontestável é, também, que a raiz destes problemas está na
sociedade leiga, não consagrada, negligente para com suas premissas
gerais e particulares de formação e segurança moral e
socioeconômica.
A
sociedade leiga não faz voto de pobreza, banca carnavais os mais
diversos, com exposição inclusive de quem os prestigia a
insegurança pessoal causadora até da morte. Banca torcidas
organizadas de times de futebol sem controle sobre, por exemplo,
confrontos em vias de efeito, rojões e sinalizadores e comemorações
aviltantes para com a auto-estima e a integridade de muitos humildes
desprovidos de poder econômico ou social satisfatório à defesa de
suas dignidades. No movimento da maré mercantilista cuja ética
então é somente o lucro, doa a quem doer. "Quem mandou não
ter seriedade?" "Quem mandou fazer filho sem condição de
criar?"
Pegunto:
quem mandou ajoelhar sem compromisso para rezar? Não sabe que Deus é
amor mas também justiça? Não sabe que Deus confunde os ímpios e
os iníquos? Não sabe que democracia implica em responsabilidade
social? Não sabe que fidelidade é requerida no pouco tanto quanto
no muito?
"Ora,
mas a Igreja propõe-se a si mesma, em especial nos seus consagrados,
a ser referência de exemplo e santidade." Pergunto: não sabem
os críticos que os leigos também são Igreja? Não sabem os
críticos que quem "conhece Jesus" não pode levar ao
pecado? Não sabem os leigos que os clérigos dependem da sua
seriedade para conduzir a barca em que são dados clérigos e leigos?
Respeito
e seriedade são bons e Deus gosta. E todos os que amam a Deus e O
têm como referência também... Quem não reúne, dispersa... O
inimigo, o condenado maldito, e todos os que agem a seu mau gosto,
intrigam para fragilizar. Difamam, o que é um crime, para dominar.
Com inveja da influência que somente têm os que resignados procuram
viver conforme os desígnios de Deus, conforme o bem...
Sim, não somente o papado tem águas agitadas. Mas o laicado todo, hoje então...
Sim, não somente o papado tem águas agitadas. Mas o laicado todo, hoje então...