domingo, 15 de novembro de 2015

Sobre a Vida Após a Morte

Na primeira leitura da liturgia católica de hoje, temos uma importante menção profética de "muitos dos que dormem no pó da terra".

Na vida da Igreja temos registros reconhecidos de comunicação pós morte conosco de vários dos que já deixaram esta fase da vida. Alguns inclusive materializadamente, tatilmente vivenciados.

Disto tudo, no mistério da vida a quem não ainda não vive a plenitude dos eleitos de Deus, podemos considerar a possibilidade de que muitos dos sepultados poderiam estar simplesmente aguardando a ressurreição dos mortos para seguirem aos seus respectivos destinos. E que outros não. Estes já teriam suas condições definidas. Dentre o que temos também a condição do Purgatório. Recentemente abordada por mim em Dia de Finados, Purgatório e Sepúlcros.

A Bíblia, entretanto, composta em parte  com base em referências de tradição oral e redação de alguns livros muitos anos após os relatos neles registrados, apresenta pequenas partes de seu conteúdo com certas imprecisões de realidades. O que não prejudica o sumo do seu conteúdo e o legado de instruções e sabedoria divina nela providenciado por Deus.

Esta reflexão tem origem na prudência em relação ao destino de pessoas com quem convivemos e nos deixaram com um legado confuso e contraditório de exemplos e referências danosas. Pessoas que, por suas fragilidades e reflexos recebidos de outras com estúpidas e ignorantes ações, não temos condição de estimar assegurada a salvação ou tampouco a condenação. Das quais até hoje vivemos prejuízos pelas influências dos seus atos. Pessoas débeis, frágeis, hesitantes, inseguras, não assumidas quanto à verdade do direito e da justiça no discernimento da fé. Do que podemos nos ver, hora ou outra, na contingência de considerar se Almas que deixaram legado de tanta confusão para trás teriam condição de ainda com seus efeitos já estarem nas graças pós Purgatório. Nas graças da paz em plenitude.

Sobre esta mencionada "paz em plenitude", poderia ser ela atualmente uma condição relativa. Apenas de segurança em relação a perturbações pelo demônio. Porquanto temos que Jesus, mesmo Jesus, não está vivenciando integralmente a paz em plenitude. Pelo que temos de revelações do Seu sofrimento pelos desmandos e pecados da humanidade expressados pelo que Ele nos mostrou com Seu Sagrado Coração. O Bom Combate somente terminará com o Juízo Final, o que se dará no Último Dia somente. 

Assim sendo, poderíamos considerar que as Almas que nos deixaram legados causadores de danos e perturbações, pela misericórdia e sabedoria divinas, poderiam estar em graças assemelhadas. Em que também estariam sujeitas aos sofrimentos dados pelo conhecimento dos problemas ocorridos na Terra, em especial pelos dos seus atos derivados. Mas amparadas pela grandeza do perdão e da reconciliação em Deus, intercedendo por nós com suas orações e súplicas nos Altos Céus.

A seguir, o texto litúrgico mencionado:

Leitura da profecia de Daniel:: Daniel 12, 1-3

1Naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, defensor dos filhos de teu povo; e será um tempo de angústia, como nunca houve até então, desde que começaram a existir nações. Mas, nesse tempo, teu povo será salvo, todos os que se acharem inscritos no Livro. 2Muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno. 3Mas os que tiverem sido sábios, brilharão como o firmamento; e os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude, brilharão como as estrelas, por toda a eternidade.

Fonte: Boletim da liturgia diária distribuído pelos Arautos do Evangelho

Disto tudo temos que a verdade em plenitude é um mistério que a Deus pertence...!

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